Preparação Opala 4cc

Preparação Opala 4cc 123 - 255 cv


O motor de 4 cilindros do Opala permite muitas soluções em termos de preparação. É possível tanto uma preparação aspirada, pois existe torque suficiente em baixas rotações, como a instalação de turbo. Há grande folga para desenvolvimento; os regimes de rotação e potência específica, bastante baixos, podem ser facilmente elevados. Entretanto, o comando de válvulas no bloco e o acionamento de válvulas por varetas, utilizados neste motor, trazem riscos em rotações elevadas, como flutuação de válvulas e até empenamento das varetas. Para um maior desenvolvimento aspirado será necessário, portanto, um redimensionamento desta parte do motor, mas como ele nunca foi alvo de interesse mais dedicado dos preparadores, é difícil encontrar peças apropriadas.

As curvas de potência (as mais altas) e de torque estimadas para o Opala original (em azul), com preparação aspirada leve (em marrom), aspirada média (em rosa), turbo média (em verde) e turbo pesada (em vermelho)

Clique aqui para ver as curvas de potência e torque ampliadas


A opção é não recorrer a comandos muito bravos ou carburadores muito grandes, que alteram a curva de potência e a levam para rotações mais elevadas, ou a válvulas maiores, pois são mais propensas a flutuação por causa do maior peso. Venenos como ampliação da cilindrada, aumento da taxa de compressão e sobrealimentação constituem ótimas opções.

Na preparação feita pelo Alex, o aumento da giclagem é boa alternativa para adaptar o carburador original à maior vazão de ar permitida pelo comando 286. Mas seria benéfica a troca deste carburador por um de maior capacidade, como o 446, Holley 380 ou o Weber duplo 40, que permitiriam ao motor "respirar" melhor com o comando de que agora dispõe. Todos estes carburadores produzem resultados semelhantes em termos de potência e torque, mas o Weber 40 é o que melhor se adapta ao comando 286. Cabe ressaltar que os resultados obtidos dependem da regulagem do carburador e da curva de avanço do ponto de ignição, além de detalhes como a abertura dos eletrodos das velas.

O cálculo da taxa de compressão é um procedimento complexo, que só atinge precisão com uma medição por líquido (clique aqui para saber mais). Contudo, um cálculo aproximado para as alterações citadas pelo Alex nos permite estimar a taxa atual em cerca de 1,5 ponto mais alta que a original, algo como 9:1, bom patamar para a gasolina atual. Com essa taxa e as demais alterações, seu Opala deve estar com 116 cv a 5.650 rpm de potência, 15,3 mkgf a 3.000 rpm de torque, 167 km/h de velocidade máxima e acelerando de 0 a 100 em 12,3 segundos (compare com os resultados da tabela).

Pistões com sobremedida, utilizados para preencher com a folga ideal os cilindros usinados no ato da retífica, só devem ser usados por desgaste do motor original. A substituição com fins de veneno não se justifica, pois só aumentam (no caso do Opala) em 3 cv a potência e em 0,3 mkgf o torque -- o que não compensa de forma alguma o custo da operação e a perda de uma sobremedida a ser usada em caso de retífica.

As seguintes preparações são simples de implementar e produzem resultados que vão da simples equiparação aos carros atuais até a transformação do Opala em um verdadeiro bólido:

- aspirada leve, com aumento da taxa de compressão em 1,5 ponto; troca do comando pelo de 286O de duração na abertura das válvulas; troca do carburador por Weber 40 duplo ou equivalente; coletor de escapamento dimensionado;

- aspirada média, com elevação da cilindrada para 3 litros, por meio de virabrequim de maior curso encontrável em lojas de preparação; aumento da taxa de compressão em 1,5 ponto; troca do comando pelo de 286O de duração na abertura das válvulas; troca do carburador por Weber 40 duplo ou equivalente; coletor de escapamento dimensionado;

- turbo média com pressão de 0,8 kg/cm2 e intercooler; troca do comando pelo de 286O de duração na abertura das válvulas; troca do carburador por Weber 40 duplo ou equivalente;

- turbo pesada com pressão de 0,8 kg/cm2 e intercooler; elevação da cilindrada para 3 litros, por meio de virabrequim de maior curso; troca do comando pelo de 286O de duração na abertura das válvulas; troca do carburador por Weber 40 duplo ou equivalente.

Observe o desempenho estimado:

Aspirada leve:

Potencia 123cv a
5800Rpm
Velocidade Maxima (Real) 171Km/h
Torque 17,2 mKgf a 3150rpm
Aceleração 11,6s

Aspirada Media:

Potencia 148cv a 5800Rpm
Velocidade Maxima (Real) 181Km/h
Torque 20,6 mKgf
Aceleração 9,6s


Turbo Media

Potencia 213cv a 5550Rpm
Velocidade Maxima (Real) 204Km/h
Torque 29,6 mKgf a 3000 Rmp
Aceleração 7,7s



Turbo Pesada:


Potencia 255cv a 5550Rpm
Velocidade Maxima (Real) 217Km/h
Torque 35,5 mKgf a 3000 Rmp
Aceleração 6,6s


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Historia Chevrolet Opala




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Parte2


O Chevrolet Opala foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela General Motors no Brasil, tendo sido produzido de 1968 a 1992.

Histórico
Seu projeto demorou cerca de dois anos, sendo finalmente apresentado no salão do automóvel de São Paulo no dia 19 de Novembro de 1968. A receita do Opala combinava a carroceria alemã do "Opel Rekord C / Commodore A", fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do "Chevrolet Impala". E ao longo de seus 23 anos e 5 meses de produção contínua, passou por diversos aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas.

Foram oferecidas duas opções de motores durante a produção do Opala 4 cilindros para as versões básicas quanto luxuosas ou esportivas, so que com mais economia, e 6 cilindros para as também versões básicas, luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet Norte-Americana.

Opala 4 cilindros

Dois motores de quatro cilindros equiparam o Opala, ambos com cilindrada de 2,5 Litros. Inicialmente, uma versão 4 cilindros do Stovebolt (153 pol. Em 1974, este motor foi substituído pelo "Iron Duke" de 151 pol), mas ainda mantinha a tradicional concepção de motor com comando de válvulas no bloco, mas ganhando com isto grande suavidade no funcionamento e mais potência com menor consumo de combustível. Mais tarde, a partir do ano de 1979 o Opala 4 cilindros passou a ser oferecido também com a opção do combustível álcool, um combustível de maior poder calórico e que produz mais potência que a gasolina além de poluir menos. Existiram duas versões de motores de 151 polegadas cúbicas, que eram denominadas como o tradicional 151 e a versão apimentada denominada 151s. Os motores Opala 4 cilindros a álcool traziam um desempenho bem mais "alegre" do que os de 4 cilindros a gasolina. Com acelerações mais rápidas e velocidade final bem superior que os modelos a gasolina, o Opala 4 cilindros a álcool era indicado para quem procurava uma "pitada" a mais de desempenho nos já fortes e robustos Opalas de 4 cilindros. Os motores 4 cilindros eram definidos por cores em algumas épocas, como o azul que indicava que o motor era o comvencional 4 cilindros e o verde que indicava que o motor é o 151s com comando de maior duração e o amarelo que indicava o motor a álcool.

Opala 6 cilindros

O motor de seis cilindros (3,8 L) deriva da geração do "Stovebolt". E seguiu passando por várias atualizações ao longo do tempo, continuando a evoluir mesmo após o fim da produção do Opala, equipando o "Chevrolet Omega", os utilitários "Chevrolet Bonanza", "Chevrolet Veraneio", as picapes "Chevrolet A20", "Chevrolet C20" e "Chevrolet Silverado" no Brasil. Inicialmente, o motor 3,8 L (230 pol) de seis cilindros, foi emprestado dos "Chevrolet Nova" e "Chevrolet Impala" da Chevrolet americana (GM). Mas logo em "1970", teve o curso dos pistões aumentados, elevando a cilindrada, o que aumentou em muito a sua potencia e assim surgindo o lendário "4.1" (250 pol).

Opala SS

O Opala SS (Super Sport, ou Separeted Seats), versão de caráter esportivo do Opala, estreou o motor "4100" e se tornou-se o 3º carro mais rapido do brasil,atrás de Dodge Charger R/t e Ford Maverick GT, SS foi oferecida também com 4 portas, somente em 1971. Posteriormente, ganhou opção de motor "2.5" quatro cilindros, e durou até 1980, quando infelizmente já tinha perdido grande parte de sua caracterização esportiva. Para manter a concorrência com o famoso motor Ford quadrijet, a Chevrolet lançou em 1976, o famoso motor "GM 250/S", uma preparação envenenada do "4.1", usando tuchos mecânicos, carburador duplo e comando de válvulas esportivo. Com este novo ajuste, a potência saltou de 115 para 173 cv líquidos - uma sensível melhora da performance. Motor opcional com taxa de compressão 9,2:1, feito para homologação na antiga Divisão 1 da CBA. Havia versões mais comuns do "250" com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, e potências líquidas entre 134cv a 173cv, respectivamente.


Caravan

Em 1975 a linha Opala ganhou a versão "Station Wagon" com a belíssima Caravan! Uma perua derivada diretamente do Opala, que trazia maior espaço para bagagem, com opções de motores "2.5 de 4 cilindros" e "4.1 de 6 cilindros", e na versão SS a opção do esportivo motor "250/S".

Foi tambem um dos carros do tipo Opala que a GM fez.


Opala, um carro competitivo e de desempenho
O Opala também foi, e continua sendo muito bem sucedido em competições. Ressaltam-se as provas de Stock Car, Turismo e Provas de Arrancada, onde o Opala era praticamente um fregues do Ford Maveirck. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes, e grande disponibilidade de peças de alta performance para o motor 4.1 litros e uma boa quantidade Upgrades para o 2.5 litros de 4 cilindros.


Opala, conforto aliado a desempenho e segurança
O Opala sempre foi tido como um carro de excelentes freios, direção e suspensão bastante equilibradas, aliado a isto, o conforto de um carro potente e com bastante torque, o que resulta em saídas rápidas e muita força em subidas de serra e ultrapassagens mais que seguras na estrada. Apesar do tamanho, o Opala por ter motores robustos, se torna um veiculo fácil de conduzir na cidade, se o motorista não dosar o pedal mais da direita, podera sem querer, sair cantando pneus de uma subida ou um semáforo de transito. No ano de 1980, o Opala passou por uma forte mudança de estilo, a fim de se adequar à moda das formas retangulares dos carros nos anos 80, com isto aparecendo a famosa versão Diplomata! O Opala Diplomata foi lançado em 1980 e mais logo a Caravan Diplomata "1985", tinham requintes de luxo como ar condicionado, ar quente, vidros eletricos, antena eletrica, retrovisores eletricos, porta malas com acionamento eletrico, desembaçador traseiro, travas eletricas e mais uma infinidade de recursos que os mantinha Top de linha da GM brasileira, ganharam nova frente e nova traseira, com faróis e lanternas retangulares e farol de neblina somente na versão Diplomata, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual. A partir daí, seguiram alguns retoques em detalhes estéticos, de suspensão e carburação, até o fim da sua produção.


Opala, uma historia de sucesso

Uma série limitada especial, do encerramento da produção do Opala, idealizada por Luiz Cezar Thomaz Fanfa, foi batizada "Diplomata Collectors". Os últimos 100 Opalas produzidos levam este nome e traziam um vídeo VHS sobre a história do opala e chaves douradas. O último ano de produção do Opala foi 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão em 16 de abril deste ano, quando centenas de pessoas fizeram piquete e uma passeata que passou buzinando na porta da GM em São Caetano do Sul, protestando contra a retirada do Opala de fabricação. O ultimo Opala fabricado, que era um modelo Diplomata, esta em posse da Chevrolet, em local de destaque no acervo da empresa, atualmente exposto no "Museu da Tecnologia da ULBRA" em Canoas, Rio Grande do Sul. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega, que infelizmente não obteve o mesmo sucesso do Opala.


Opala Hoje

O Opala hoje é um carro de muitos admiradores, é também muito utilizado em provas de arrancada, onde é extraído mais 700cv aspirado. O motor original é pouco aproveitado e planejado, assim, basta aumentar taxa de compressão, mudar comando e melhorar alimentação, que sua potencia sobe significativamente.

Finalizando o Opala é um carro robusto, duravel é com excelente desempenho, tanto com motor de 4 ou 6 cilindros. Um mito que marcou a historia automobilistica do Brasil e que ainda hoje é sonho de consumo para milhares de pessoas. Um carro amado e de proprietarios orgulhosos, e porque não dizer, senão o carro mais amado do Brasil.

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