Fomos até a Espanha acelerar o sedã, que preserva muitas das qualidades do antecessor e traz boas evoluções
Design da dianteira é diferente do Mégane europeu. Fluence foi desenvolvido pela Samsung, na Coreia
A qualidade dos materiais que revestem as portas e, por tabela, o baixíssimo ruído interno são características marcantes desse sedã. Estou surpreso com o refino de acabamento do Fluence, ainda mais quando me lembro da maioria dos carros vendidos pela Renault no Brasil. Bom acabamento e ruído baixo estão longe de ser características de Logan, Sandero, Symbol... Desenvolvido pela subsidiária coreana da Renault, a Samsung, o Fluence será fabricado na Argentina no final do ano e, por enquanto, é vendido apenas na Espanha, onde foi lançado em janeiro.
Traseira é mais conservadora que a do antecessor, com lanternas que se estendem pelas laterais
Mesmo com 35 kg a menos que o Mégane, o Fluence é 12 cm mais comprido, 4 cm mais largo e 2 cm mais alto
Você deve estar achando que por ser maior, o Fluence é mais pesado, certo? Nada disso, ele é 35 kg mais leve que o antecessor, que deixou de ser vendido na Espanha com a chegada do Fluence — o mesmo acontecerá no Brasil, apesar de que a perua Grand Tour será mantida, ao menos no começo.
Os quilos a menos são perceptíveis na hora de acelerar. E o Fluence se mostra apto a isso. Rodamos com a versão 1.6 16V a gasolina, de 110 cv e 15,2 kgfm de torque. O motor tem funcionamento suave e entrega 80% da força a 2.500 rpm, ajudado pelo variador de fase para admissão. A velocidade máxima é atingida em quinta marcha, deixando a sexta para baixar o consumo de combustível e (ainda mais) o ruído. A 120 km/h, o sedã roda a 2.750 rpm. Segundo a Renault, o Fluence tem velocidade máxima de 185 km/h e faz de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos. Uma curiosidade é que o sedã traz pedal do acelerador de dois estágios, o segundo bem no final do curso. Neste, o sistema entende que o motorista deseja potência máxima.
A direção conta com assistência elétrica (16 programas) e mantém o peso ideal a todo o momento. Ao fazer uma curva mais fechada numa rodovia próxima a Madri, o Fluence se mostrou estável, sem excesso de saída de frente. Mas a suspensão traseira traz eixo de torção, mais simples que a de rivais como Focus e Civic, que têm sistema independente.
Já que o assunto chegou à concorrência, surge a pergunta: o Fluence, ao contrário do Mégane, terá força para disputar a “primeira divisão” dos sedãs médios? Ele não tem a esportividade do Civic ou a suavidade do Corolla, mas quem quiser esperar pelo novo Renault ficará feliz. É um carro com mais méritos que o Mégane, que nunca teve vendas à altura de suas qualidades.
Porta-malas aumentou para 530 litros, mas voltou a trazer braços que invadem o espaço das bagagens
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