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Fiesta completa 35 anos.


Compacto da Ford recebeu leve retoque; modelo supera 15 milhões de unidades

Editora Globo
A primeira geração do Fiesta (1976) lado a lado com o New Fiesta de sexta geração (2009)
O Ford Fiesta completou 35 anos de produção em junho e, no mês passado (julho), superou a marca de 15 milhões de unidades produzidas. Para celebrar os dois feitos, a montadora norte-americana promoveu uma leve reestilização da sexta geração do compacto na Europa. Grade frontal, para-choques e seções dos faróis de neblina foram refeitos, mas as mudanças são tão sutis que é preciso um olhar atento para notá-las.

De acordo com a Ford, a nova geração do Fiesta – uma à frente do similar nacional produzido em Camaçari, na Bahia – é a grande responsável pela superação das 15 milhões de unidades. O modelo já soma mais de um milhão de unidades em apenas 28 meses de produção. Atualmente, o New Fiesta é montado em Valência (Espanha), Colônia (Alemanha), Nanjing (China), Rayong (Tailândia) e Cuautitlán (México).

Editora Globo
New Fiesta marcou o retorno do compacto aos Estados Unidos; modelo não era vendido no país desde 1980
Editora Globo
Hatch desembarca em setembro no Brasil
No Brasil, o New Fiesta por enquanto é vendido apenas na carroceria sedã – o hatch chega agora em setembro, também importado do México. A nova geração terá produção nacional apenas em 2013, quando sai de linha o Fiesta Rocam atual. O compacto da marca do oval azul estreou no mercado brasileiro em 1995, quando a terceira geração veio importada da Espanha (com atraso de cinco anos em relação à Europa).

Seu atraso foi tão grande que, no ano seguinte, o modelo de quarta geração estreou por aqui, já com produção nacional. Em 1997, o Fiesta deu origem à picape Courier, que segue em produção até hoje – o desenho até hoje é o mesmo do face-lift promovido no Fiesta em 2000. A geração atual do compacto brasileiro (nas carrocerias hatch e sedã) foi lançada no país em 2003, apenas um ano depois do seu lançamento na Europa.

Veja abaixo as seis gerações do Ford Fiesta:



Editora Globo
O primeiro Fiesta chegou ao mercado em junho de 1976; modelo foi batizado por Henry Ford II
   Divulgação
Segunda geração chegou às lojas européias em 1983; antecessor já somava mais de dois milhões de unidades
Editora Globo
A terceira geração do compacto estreou na Europa em 1989; modelo só chegou no Brasil em 1995
Editora Globo
A quarta geração do Fiesta (1995) foi a primeira a ter produção nacional, a partir de 1996
   Divulgação
O face-lift promovido em 1999 foi identificado como nova geração, mas o Fiesta só mudou para valer em 2002
Editora Globo
Brasil passou a produzir a quinta geração do Fiesta em 2003; plataforma serviu de base para o EcoSport
Editora Globo
Fiesta brasileiro ainda é de quinta geração, mas desenho atual é inspirado no do New Fiesta

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Os esportivos brasileiros que fizeram História Parte1



Corcel GT



Ao comprar a Willys-Overland, a Ford acabou adquirindo também um projeto desenvolvido em conjunto com a Renault francesa, que deu origem ao Corcel lançado em 1969.

Em 1971 era lançado o Corcel GT, com teto revestido de vinil, capô preto-fosco com tomada de ar, rodas esportivas, faixas pretas laterais, grade dianteira e retrovisores também pretos e faróis de longo alcance redondos. Por dentro, no console, a instrumentação era bem completa. O motor recebia carburador de duplo corpo e coletores especiais, mas o desempenho ainda era fraco. Um novo motor então passou a equipar o Corcel GT XP, sigla para extra performance ou desempenho extra. O motor passava à cilindrada de 1,4 litro e desenvolvia potência bruta de 85 cv. Fazia de 0 a 100 km/h em 17 segundos e atingia em torno de 145 km/h de velocidade máxima.

Em 1973 toda a linha ganhava nova grade, com logotipo Ford no emblema redondo ao centro, outro desenho do capô, pára-lamas e lanternas traseiras. O esportivo trazia duas faixas pretas paralelas no capô (agora sem entrada de ar) e nas laterais e faróis auxiliares de formato retangular na grade, esta também de desenho diferente. Dois anos depois, a linha recebia modificações na carroceria (frente e a traseira redesenhadas), remodelando-se também o interior.

No final de 1977 chegava às ruas o novo modelo: o Corcel II. A carroceria era totalmente nova, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes. A grade possuía desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de ar era mais intensa em baixas velocidades que em altas. A versão GT se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto e pequeno conta-giros no painel. O motor do "esportivo" tinha 4 cv a mais, que não faziam muita diferença. Contava ainda com faróis auxiliares e pneus radiais. As rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado. Detalhe curioso do GT era a carroceria em dois tons, separados por um filete vermelho. A parte de cima era sempre preta, contrastando com a parte de baixo. Mas a idéia não agradou, e em 1980 a parte preta se restringia à linha inferior da carroceria, abaixo do friso da porta. O filete vermelho continuava.



O esperado motor de 1,6 litro, de melhor desempenho, e o câmbio de cinco marchas vieram em 1979. Com o novo motor chegava a 145 km/h e atingia 100 km/h em 17 segundos.

Em 1985 o Corcel recebeu algumas alterações estéticas e o motor CHT do Escort, além de perder a expressão "II" do nome. Este modelo existiu até o ano de 1986, quando foi encerrada sua produção.


Opala SS



Uma versão esportiva do Opala já era objeto de especulação no início de 1970. Dizia-se que teria um tempero mais picante, com direito a carburadores duplos ou triplos. A fantasia se confirmou, mas com receita bem mais branda. Estreando já como modelo 1971, o SS, ao lado do Gran Luxo, vinha completar a linha já composta pelas versões Especial e De Luxo. Aos novatos cabia inaugurar o motor 4100 de seis cilindros, com potência bruta de 140 cavalos. O ganho de 23 cavalos em relação ao 3800 já existente proporcionava uma velocidade máxima de 169,49 km/h, valor muito bom para a época.

Para não dizer que a esportividade do SS se resumia à aparência, vale dizer que ele trouxe para a família câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho. Também eram novidade os bancos dianteiros individuais.

As faixas pretas no capô e nas laterais e as rodas de aço com desenho de estrela e 5 polegadas de largura, meia a mais que nas outras versões, eram os sinais externos do espírito do carro. No interior, alguns toques de requinte, como manopla de câmbio e aro de volante de madeira, mais um relógio analógico no console à frente da alavanca de marchas. No painel de instrumentos, um tímido conta-giros entre os dois mostradores maiores.

A cara de mau do carrão era neutralizada pelas quatro portas. Porém, o modelo 1972 estreava a carroceria cupê, cujos destaques eram ausência de coluna central, janelas sem molduras e caída fluida da traseira. O novo formato parecia ter sido feito para o SS e se tornaria o padrão da versão até o fim da vida dela, em 1980. Os primeiros sedãs passariam para a história como figurinhas difíceis para o "álbum" de colecionadores.

Na estréia do modelo, já se apontava que o motor estava por demais "estrangulado", uma vez que tinha o mesmo carburador de corpo simples do 3800. O fôlego que faltava veio em 1976, com o lançamento do motor 250-S. Com carburador de corpo duplo, tuchos de válvula mecânicos e comando mais "bravo", o 250-S chegava aos 171 cavalos brutos. Em comparativo realizado em março daquele ano contra os eternos rivais Dodge Charger R/T e Ford Maverick GT, o Chevrolet atingiu a máxima de 189,48 km/h e ficou com o título de o mais veloz do trio. Porém ficou atrás no 0 a 100 quando comparado ao rival da Ford: 11,67 segundos contra 10,85, ainda que superando o Charger, que cravava 12 segundos. Somente no SS o 250-S era de série, sendo oferecido como opcional nos Opala que não eram "de briga".

O teste constatava que a suspensão continuava macia para um esportivo, afundando demais a frente em frenagens e aumentando o espaço de parada. Com discos sólidos à frente, ainda não havia um bom resfriamento do sistema, causando fadiga. "O Opala é mais fácil de ser dominado devido a seu menor peso. Mas se ressente de uma suspensão mais rígida para evitar o excessivo balanço em curvas, o que obriga o motorista a rápidas correções para não sair da trajetória original", dizia o repórter Emílio Camanzi.

Como as alterações do SS eram basicamente estéticas, sua marca foi a variedade de formas das faixas externas, que mudavam conforme o ano e o modelo. Acompanhando a família, sofreu reestilização leve em 1973, com as setas passando às laterais dianteiras dos pára-lamas. Mudanças maiores de estilo ocorreriam a partir da linha 1975, que ganhava novo capô, luzes de seta inspiradas no Chevelle 1971 e os dois pares de lanternas redondas que davam um toque de Impala ou Camaro à traseira.


O acabamento SS seria estendido à Caravan na linha 1978, apresentada com o slogan "leve tudo na esportiva". Na linha 1979, os retrovisores externos carenados pintados da cor da carroceria conferiam ares exclusivos à versão. Porém, seriam suspiros finais daquele que se despediria na linha 1980, ainda a tempo de ganhar os faróis e as lanternas quadradas que caracterizariam os Opala da primeira metade daquela década.

Ficha Técnica
Motor: dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em linha, 4093 cm3, comando de válvulas no bloco, válvulas no cabeçote (duas por cilindro), carburador de corpo simples, refrigerado a água, a gasolina
Diâmetro x curso: 98,4 x 89,8 mm
Taxa de compressão: 7:1
Potência: 140 cv brutos a 4000 rpm
Torque máximo: 36 mkgf brutos (29 líquidos) a 2400 rpm
Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
Carroceria: sedã de 4 portas, 5 lugares
Dimensões: comprimento, 457 cm; largura, 176 cm; altura, 138 cm; entreeixos, 267 cm
Peso: 1172 kg
Suspensão: dianteira: independente, braços triangulares duplose molas helicoidais; traseira: eixo rígido com tensores duplos longitudinais, barra Panhard e molas helicoidais
Freios: disco sólido na dianteira e tambor na traseira
Direção: setor e rosca sem-fim
Rodas e pneus: aço estampado, aro 14, tala de 5 polegadas; 7.35 S 14

Teste

QUATRO RODAS março de 1976
Aceleração 0 a 100 km/h - 11,67 s
Velocidade máxima - 189,48 km/h
Frenagem - 80 km/h a 0: 27,35 m
Consumo - Entre 5,63 e 8,75 km/l em teste e estrada; média de 8,06 km/l com gasolina amarela.


Puma GT



Em tempos de Copa do Mundo, a publicidade abusa do carisma e da influência dos jogadores da seleção, especialmente quando eles vencem o Mundial e são tratados como heróis nacionais. Não foi o caso quando o médiovolante Clodoaldo, do Santos, campeão mundial da Copa de 1970, comprou o primeiro Puma GTE Spider fabricado. Mas o efeito foi igual. A publicidade involuntária iluminou a chegada do primeiro conversível da marca. Era o exemplar verde com capota preta exibido no Salão do Automóvel de 1970, que o jogador mandou equipar com rádio toca-fitas e marcadoresde pressão e temperatura do motor.

Como o cupê GTE, o Spider tinha chassi de Karmann Ghia cortado em 25 cm, motor VW 1600 com dois carburadores Solex 32 e potência de 70 cv. Para exportação, havia opções mais potentes. As rodas de magnésio eram exclusivas, novidade na Puma. Na dianteira havia duas falsas entradas de ar e, na traseira, duas funcionais. Os bancos anatômicos tinham encosto de cabeça e o painel completo era de jacarandá. Uma capa de náilon escondia o teto rebatido. A carroceria de fibra de vidro traria logo em seguida, para 1972, duas opções de teto. Um preto de lona e outro rígido, da cor do carro.

O designer Sergio Campos, de São Paulo, comprou o exemplar 1972 das fotos há quatro anos do primeiro dono, um fazendeiro de Minas Gerais que ensinaria sua mulher a dirigir com o Spider. “A esposa desistiu de guiar e ele só usava o carro a cada dois meses”, diz Campos, que só precisou trocar os cinco pneus originais e polir a carroceria. O Spider do designer também é completo, com teto rígido, aerofólio com estrutura de ferro, rádio toca-fi tas, medidores de temperatura e pressão do óleo, todos os itens opcionais. “O carro custava 36 230 cruzeiros, dos quais 5 350 eram só a capota rígida.” Os bancos de couro eram opcionais da Comercial MM, maior concessionária da Puma da época, de Milton Masteguin, um dos fundadores da marca.

Já no salão de 1972, o nome mudaria para GTS. Sem piscas laterais, o modelo ganhava os circulares das motos Honda na frente. Também havia só uma tomada de ar traseira e a abertura das rodas ficou mais achatada. O painel passou a ser de fibra, com instrumentos mais espalhados, e os bancos maiores vinham com encosto embutido. Foi esse GTS mais simples que testamos para a edição de julho de 1975.

Os 70 cv disponíveis estavam longe de qualquer pretensão esportiva. “Sua máxima de 153 km/h é inferior à de qualquer sedã moderno de igual cilindrada”, dizia o texto da revista. Além da qualidade inferior do acabamento, outro incômodo era o volante muito inclinado, que causava desconforto. Já os méritos estavam na estabilidade, na precisão do câmbio e na eficiência dos freios. O consumo conseguiu a melhor marca entre os nacionais testados pela revista, 13,1 km/l, graças aos 730 kg de peso.

Em 1976 o chassi passou a ser de Brasilia, mais largo. A traseira foi redesenhada um ano depois e as vendas superaram as do cupê. Novos painel e volante viriam em 1979. Passados dois anos, outra reestilização trouxe novo nome, GTC. O modelo duraria até 1984, quando a crise na Puma se agravava rumo ao encerramento de suas atividades. Do GTE Spider ao GTC, foram produzidas 9 051 unidades. Em 1989, com a volta temporária da marca, o AM-2 era o novo conversível da linha. Depois do pontapé inicial de Clodoaldo, o Puma conversível se tornou escalação certa no time dos sonhos dos brasileiros fãs de fora de série.

TESTE

QUATRO RODAS
JULHO DE 1975

Aceleração de 0 a 100 km/h 15,1 segundos Velocidade máxima 154,506 km/h Frenagem 80 km/h a 0 n/d Consumo 13,1 km/l (média), 14,6 km/l (estrada)


Dodge Dart SE


Ainda que você não seja afeito a esoterismos, há de concordar que a menção de duas consoantes é capaz de alterar a pressão arterial de um grupo de quarentões e cinquentões. Basta um R seguido de um T para que a mente deles seja banhada por grandes e vistosos carros de cor alaranjada acompanhados do sonoro borbulhar de seus V8... Um sorriso cúmplice entre os presentes não deixará dúvida quanto ao signifi cado do R/T, Charger R/T, esportivo dos mais desejados, potentes e caros do Brasil, um ícone dos anos 60 e 70.

Embora o Charger tenha ficado na memória como o Dodge mais esportivo, não foi o único. Em 1972 surgiu uma opção mais simples e voltada ao público jovem que buscava desempenho sem se importar com detalhes de acabamento. Era o Dart Special Edition, ou SE, como fi cou conhecido. Custava 4 000 cruzeiros (10 050 reais hoje) menos que um Dart cupê, e quase 19 000 cruzeiros (47 740 reais) mais barato que o R/T.

O SE contrariava a prática da época de versões simplificadas aparentarem pobreza se comparadas às superiores. Grade, capô e a parte da traseira entre as lanternas eram pintados de preto fosco, que contrastava com as cores vivas disponíveis. Só os para-choques eram cromados. Rodas prateadas sem calota e faixa adesiva nas laterais salientavam sua esportividade. O volante era do tipo competição e os bancos, revestidos por tecido xadrez. Os dianteiros eram mais anatômicos e tinham encosto mais alto. O câmbio vinha no assoalho. Em vez de um “pé de boi”, o dono levava um cupê ao estilo dos muscle cars americanos.

Entras as perdas, não havia esguicho no limpador nem desembaçador e faziam falta o retorno automático dos piscas e as luzes de cortesia. Já o V8 era o mesmo dos demais Dart, com seus impressionantes 198 cv e 41,5 mkgf. “Toda essa força aparece nas arrancadas e nas subidas, que para o carro parecem planos”, destacou QUATRO RODAS no teste do SE em junho de 1972. A revista ainda elogiava o silêncio e a suavidade do motor, sua elasticidade, a estabilidade e a precisão da direção. Porém faltava efi ciência nos freios a tambor, o SE pulava bastante em altas velocidades e a desmultiplicação da direção dava canseira com suas 6,5 voltas. A qualidade dos materiais, vedação e pintura eram outra queixa. Mas o texto concordava que para os que “quiserem o automóvel de série mais forte e mais veloz do nosso mercado sem ter de pagar demais, o Special Edition será a compra ideal”.

Após melhorias no acabamento em 1973, o SE ganhou freios dianteiros a disco na linha 1974. Capô e traseira não eram mais negros, as faixas laterais fi caram duplas e mais curtas e o estofamento combinava com a pintura. Porém, após 4 107 unidades, o SE foi cancelado em 1975. O paulista João Carlos Bassetto é o único dono do exemplar 1973 fotografado. Ele já saiu da revenda com uma capa de napa nos bancos que preservou o revestimento xadrez. Foi restaurado em 2003 sob supervisão de filho Daniel. “Meu pai foi me buscar com ele na maternidade, eu ia para a escola nele”, afi rma o analista de sistemas. Após quase quatro décadas, o SE, assim como o irmão rico, o Charger R/T, continua provocando emoções.


Ficha Técnica
Motor: dianteiro, longitudinal, V8
Cilindrada: 5 212 cm³
Diâmetro x curso: 99,3 x 84,1 mm
Taxa de compressão: 7,5:1
Potência: 198 cv
Torque: 41,5 mkgf
Câmbio: manual de 3 marchas, tração traseira
Dimensões: comprimento, 496 cm; largura, 181 cm; altura, 139 cm; entre-eixos, 282 cm
Peso: 1 495 kg
Suspensão dianteira: independente, com braços triangulares, barras de torção longitudinais e amortecedores
Suspensão traseira: eixo rígido com feixes de molas semielípticas longitudinais e amortecedores
Freios: a tambor nas 4 rodas

TESTE
QUATRO RODAS
JUNHO DE 1972

Aceleração de 0 a 100 km/h
10,7 segundos
Velocidade máxima
171,43 km/h
Frenagem 80 km/h a 0:
27,8 metros
Consumo
De 4 a 6 km/l

Maverick


 Reprodução
Texto originalmente publicado na Revista Autoesporte de julho de 1973

Na nossa edição de junho de 1972, apresentamos o primeiro teste do Ford Maverick feito ainda com um modelo importado pelo nosso companheiro Luiz Carlos Secco. Na edição de junho deste ano voltamos a apresentar o Maverick, já desta vez o modelo nacional, onde o principal ponto focalizado foi 0 seu motor de seis cilindros com 3.016cc de cilindrada que equipará os modelos Super e Super Luxo.

Foi o modelo Super Luxo que nos recebemos da Ford para fazer o teste completo. E como a Ford resolveu inovar, fazendo a apresentação do Ford Maverick no Rio de Janeiro, aliás, uma das melhores apresentações feitas até hoje pela indústria brasileira, o que deixa todo o pessoal da Gerência de Relações Publicas e de imprensa da Ford de parabéns, nós também resolvemos inovar, fazendo o teste desta vez na Guanabara.

Convidamos, para nos auxiliar no teste, o piloto carioca Bob Sharp e foi ele quem, com os seus conhecimentos mecãnicos e prática de julgamento de comportamento do carro, deu a opinião sobre 0 Maverick.

Esportivo para a família

A afirmação de que o Maverick é um carro esportivo para a família está contida nos textos de sua apresentação, sendo uma definição oficial da fábrica para o seu produto. Com isso, o fabricante procura situar a combinação de um estilo bastante agressivo com o uso de um motor de características mansas. O veículo por nós testado era um Maverick Super Luxo, equipado com o motor de 6 cilindros em linha e com 3. 01 6cc de cilindrada (o modelo Luxo vem equipado com o mesmo motor).

É um carro gostoso de dirigir, cujo motor tem boa elasticidade e, com as modificações feitas, é bastante silencioso. Não é um carro para desempenho esportivo, pois suas acelerações não são de molde a entusiasmar. Mas é um carro que realmente vai fazer sucesso, pois tem linhas agradáveis e pode transportar até seis pessoas. O modelo que testamos estava com bancos individuais na frente, mas os mesmos são opcionais, pois o modelo "standard" será entregue com banco inteiriço.

 Reprodução
Ford Maverick 1973

Super e Super Luxo

Além do motor de seis cilindros em linha, as versões Super e Super Luxo têm em comum diversos outros pontos, como o câmbio de 4 marchas com alavanca de mudança na coluna de direção, o banco dianteiro inteiriço, os freios a tambor nas quatro rodas, cinzeiros traseiros, travas nos encostos dos bancos, chave no porta-luvas, trava na coluna de direção conjugada com a alavanca de mudança (para tirar a chave voce deve engrenar marcha-à-ré e travar a direção), lavador de pára-brisa, tampa do tanque de combustível com chave, luz de ré e tapetes de borracha no porta-malas.

O modelo chamado de Super é a versão "standard", a mais simples da iinha Maverick: vem sem frisos na parte exterior e as rodas são pintadas de aluminio fosco. O Super Luxo tem frisos emoldurando as janelas, as caixas de rodas e a parte traseira do porta-malas. Lateralmente tem três frisos cromados paralelos. Tem a mais que o Super: tapetes de buclê de "nylon", descansabraço nas portas, buzina dupla, acendedor de cigarros e lampejador de faróis na alavanca do pisca-pisca.

GT

A versão GT é a mais sofisticada do Ford Maverick. O motor, identificado na Ford como "302" pelas suas polegadas cúbicas, é um V-8 importado de 4950cc de cilindrada que proporciona potência máxima de 197HP a 4600 rpm. Sua taxa de compressão é de 7,5:1, permitindo assim o uso de gasolina comum. O câmbio também é de 4 marchas, mas as relações são diferentes das dos modelos equipados com motor de seis cilindros. A alavanca de mudança fica no assoalho. Os bancos são individuais, havendo um console central entre eles com relógio. Na coluna de direção está instalado o conta-giros.


Por fora, o GT apresenta uma decoracão com faixas e uma saliência no capo que o diferencia bem dos outros modelos. Na frente, dois faróis de iodo, retangulares, instalados no pára-choque e no capô, duas travas de segurança cromadas que o fecham firmemente. As rodas têm talas mais largas que os outros modelos e pneus de banda especiais para altas velocidades.

O freio a disco é equipamento de série no GT. Enquanto o sistema de direção do Super e do Super Luxo é do tipo setor e rosca sem-fim, no GT o sistema empregado é o de esferas recirculantes. O motor V-8 exige troca de óleo apenas a cada 10.000 km, enquanto que no de 6 cilindros a troca é feita a cadat 5.000 km. Em comum para as três versões temos os seguintes pontos: lubrificação permanente da suspensão, circuito impresso do painel e parte frontal da carroçaria desenhada especialmente para se deformar controladamente em caso de acidente (a deformação controlada absorve parte da energia liberada num impacto, protegendo os ocupantes do veiculo).

A suspensão, tanto dianteira como traseira dos três modelos, é idêntica: a dianteira independente, usando molas helicoidais e amortecedores telescôpicos de dupla ação. E a traseira com feixes de molas semi-elipticas longitudinais e amortecedores telescôpicos de dupla ação. O eixo traseiro é rigido do tipo "Hotchkiss".

Cores

Vermelho cádmium, azul colonial, bege palha, amarelo Tarumã, turquesa Tahiti, branco nevasca, preto báli, prata báli, prata antaris metálico, castanho metálico e azul real metálico são as cores do Maverick. As cores metálicas são opcionais.

Reprodução
Ford Maverick 1973

Aguarde a proxima postagem com mais esportivos brasileiros.

Fiesta




Fiesta é um modelo de carro fabricado pela Ford no Brasil e na Europa. No Brasil recebeu uma pequena face-lift no começo de 2007. Deu origem à picape Ford Courier, em 1997. Forneceu sua plataforma para o Ford Ka (na geração MK4 do Fiesta), lançado no Brasil também em 1997.

No Brasil, foi lançado em 1995, como modelo importado da Espanha, no estilo de carroceria da 3a. geração (MK3), nas versões 3 e 5 portas, com motor Endura-E 1.3L, injeção eletrônica monoponto, com módulo eletrônico EEC-IV, e um acabamento bom comparado aos concorentes da época, como Chevrolet Corsa GL 1.4 E.F.I, Fiat Uno CS 1.5 i.e., e Volkswagen Gol CLi 1.6.

No ano seguinte, 1996, foi lançado o modelo já fabricado no Brasil, reestilizado, no estilo MK4, mais arredondado. Veio substituir o Escort Hobby. Não primava pela estética exterior, mas apresentava um excelente conjunto mecânico, suave e econômico, com as opções de motores Endura-E 1.0L EFI, 1.3L EFI e Zetec-SE 1.4 16V EFI, todos com injeção de combustível multiponto com módulo EEC-V. Destacava-se também pelo acabamento interno, com materiais de qualidade superior comparado à concorrência do seu segmento, entre os modelos nacionais. Era oferecido nas versões básica (Popular) e CLX, com opções de motor 1.3L e 1.4L 16V, com variações de acabamento interior em cores cinza azulado ou bege. Em 1998 surge a série especial Class, derivada da versão Popular, oferecido no começo apenas com 3 portas e direção hidráulica de série, e, em todas as versões, o air bag passa a ser opcional, e o acabamento interno passa a ser diferenciado, com estilo mais jovial. Já em 1999 a produção do modelo 1.3L termina, dando lugar à versão 1.0 Class, que deixa de ser série especial, agora apenas com 5 portas.

Em 2000 sofre alteração leve no design, apresentando um conjunto frontal mais agressivo, e novos motores. Saem de linha os Endura-E e Zetec-SE para dar lugar aos novos Zetec RoCam 1.0L e 1.6L, mais potentes, porém menos econômicos. As versões oferecidas passam a ser a GL (básica), GL Class (intermediária), ambas com motor 1.0L, e a GLX (mais luxuosa), com motor 1.6L. Ainda em 2000, é oferecida a série especial Sport, nas opções 1.0L e 1.6L, com acabamento interno e externo esportivo, em uma única cor: Vermelho sólida. Entre os diferenciais, destacavam-se o párachoques dianteiro idêntico à versão esportiva ST européia, aerofólio traseiro, e saias laterias e traseira, além de rodas de liga-leve aro 14" e interior com apliques na cor prata metálico no painel, e pedais e manopla de câmbio esportiva. Em 2001 chega a série básica Street, que passa mais tarde a ser produzida em larga escala, até hoje, e os indicadores de direção frontais (acoplados ao farol) e laterais, nos paralamas, passam a ser transparentes, quando antes eram na cor âmbar, além dos tecidos internos serem revistos.

Por fim, em 2003, chega a nova geração, MK5, com nova carroceria, seguindo o conceito new-edge, da Ford, com arestas ressaltadas e harmonia entre linhas retas e arcos. Era oferecido nas versões Personnalité 1.0L (a versão de entrada), Supercharger 1.0L (intermediária - o primeiro carro de série no Brasil a usar um compressor mecânico), e o Class 1.6L (top de linha).

Em 2007 o modelo passou por uma reestilização leve, ganhando um interior menos simplório, com novas linhas, texturas, tecidos e cores, e modificações externas, como nova frente, mais robusta, e nova traseira, com lanternas de lentes transparentes.E a antiga serie Trail deixa de ser um conjunto de acessórios instalados nas concessionárias para ser uma versão de série.

Curiosidades: Derivado do último modelo (o Mk5) e baseado no europeu Ford Fusion (pequeno utilitário mais urbano - não confundir com o sedan mexicano, de mesmo nome), surgiu o Ford EcoSport.

Atualmente, está a venda no Brasil nas versões:

  • Hatch 1.0 FLEX/1.6 FLEX
  • Hatch Trail 1.0 FLEX/1.6 FLEX
  • Sedan 1.0 FLEX/1.6 FLEX

O veículo também possui kits de personalização (acessórios) originais de fábrica: Kits Pulse, Fly e Class.

Em breve será substituido na Europa por um modelo derivado do conceito de estilo chamado Ford Verve. Há rumores de que este novo modelo se chame ainda Fiesta e venha para o Brazil, em 2010. E que outro conceito, o Ford Kuga, recém apresentado na versão final, venha a inspirar uma nova geração do EcoSport, cuja primeira reestilização deve acontecer logo em 2008.

Potência dos motores


Corcel



O projeto inicial

Quando a Ford adquiriu a Willys, essa última estava desenvolvendo um projeto em parceria com a Renault, o projeto "M". Esse projeto deu origem ao Renault 12 na França, e, com uma carroceria diferente, ao Corcel no Brasil.

Lançado inicialmente como um sedã 4 portas e a seguir como um coupé (em 1969), o carro foi bem aceito quando de sua estréia em 1968. O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas, bem mais do que o seu concorrente direto, o ultrapassado VW 1600.

Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano em 1969, 1973 e 1979.

Mudanças

A fábrica fez algumas alterações na aparência geral do carro em 1973, deixando-o um pouco parecido com o Ford Maverick. Os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT, conhecido como motor XP. Em 1975 o design era novamente retocado, aumentando a semelhança com o Maverick, sobretudo na traseira. Um novo componente se adicionava a família, o LDO, com acabamento interno luxuoso e teto revestido de vinil. Até 1977, este modelo foi recebendo retoques no acabamento, conservando entretanto a mesma aparência, até o lançamento da linha 1978 - era o Corcel II, basicamente com a mesma mecânica porém com uma carroceria totalmente remodelada, que em nada lembrava o modelo anterior. Em 1985, ganhou a frente do Del Rey (lançado em 1982 e ao qual deu origem) e alguns retoques estilísticos, além de perder a expressão "II" do nome. Este modelo existiu até o ano de 1986, quando foi encerrada sua produção.

ford corcel gtxp

Em 1971 chegava o corcel gtxp (extra performance ou desempenho extra) com capô preto fosco, teto revestido em vinil, faróis de longo alcance, painel com instrumentação completa, e tomada de ar. No entanto o motor também fora mudado, elevando assim a cilindrada de 1.3, para 1.4 litro o que o fazia desenvolver potência bruta de 85 cv ante os meros 68 cv da versão 1,3. E também com o motor 1.4 o desempenho do corcel melhorou, fazia de 0 a 100 km/h em 17 segundos e atingia uma velocidade maxima de 145 a 150 km/h(valores muito bons para a época), o que colocava o corcel entre os nacionais mais mais velozes. A partir de 1973 toda a linha corcel ganhava nova grade, com logotipo ford no emblema redondo ao centro,outro desenho do capô, paralamas e lanternas traseiras.As versões cupê, sedã e belina passavam a ser equipadas com o motor do gtxp de 1,4 litro.O "esportivo" trazia duas faixas pretas paralelas no capô e nas laterais e também faróis auxiliares de formato retagular na grade, esta também de desenho diferente.

OBS:convén lembrar que com toda a tecnologia existente hoje em dia, tem carro que não passa nem de 130 km/h.

[ A segunda fase: o Corcel II

No final de 1977 chegava às ruas o novo modelo: o Corcel II. A carroceria era totalmente nova, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes. A grade possuía desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de ar era mais intensa em baixas velocidades que em altas. O novo carro parecia maior, mas não era. A traseira tinha uma queda suave, lembrando um fastback. Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, dispensando a ventilação forçada, que quase não era usada. Com o mesmo motor do Corcel anterior, o desempenho não estava muito melhor, mas a segurança, estabilidade e nível de ruído, sim.

As versões oferecidas eram Corcel II L, básica; a luxuosa LDO, com interior totalmente acarpetado e painel com aplicações em madeira; e a GT, que se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto e pequeno conta-giros no painel -- nenhuma trazia, porém, o termômetro d'água. O motor do "esportivo" tinha 4 cv a mais, que não faziam muita diferença. Contava ainda com faróis auxiliares e pneus radiais. As rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado. Os concorrentes do Corcel II na época eram o VW Passat e o Dodge Polara, ambos veículos médios. Ofereciam desempenho melhor que o Corcel, mas o carro da Ford era mais econômico, moderno e elegante, tinha interior mais confortável (particularmente os bancos à francesa), oferecia melhor acabamento, e também mais robustez que o Polara. A concorrência, maldosamente, chamava o Corcel II de "Pacheco" -- frente de Passat, lateral de Chevette e traseira de Corcel...



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