O projeto inicial
Quando a Ford adquiriu a Willys, essa última estava desenvolvendo um projeto em parceria com a Renault, o projeto "M". Esse projeto deu origem ao Renault 12 na França, e, com uma carroceria diferente, ao Corcel no Brasil.
Lançado inicialmente como um sedã 4 portas e a seguir como um coupé (em 1969), o carro foi bem aceito quando de sua estréia em 1968. O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas, bem mais do que o seu concorrente direto, o ultrapassado VW 1600.
Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano em 1969, 1973 e 1979.
Mudanças
A fábrica fez algumas alterações na aparência geral do carro em 1973, deixando-o um pouco parecido com o Ford Maverick. Os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT, conhecido como motor XP. Em 1975 o design era novamente retocado, aumentando a semelhança com o Maverick, sobretudo na traseira. Um novo componente se adicionava a família, o LDO, com acabamento interno luxuoso e teto revestido de vinil. Até 1977, este modelo foi recebendo retoques no acabamento, conservando entretanto a mesma aparência, até o lançamento da linha 1978 - era o Corcel II, basicamente com a mesma mecânica porém com uma carroceria totalmente remodelada, que em nada lembrava o modelo anterior. Em 1985, ganhou a frente do Del Rey (lançado em 1982 e ao qual deu origem) e alguns retoques estilísticos, além de perder a expressão "II" do nome. Este modelo existiu até o ano de 1986, quando foi encerrada sua produção.
ford corcel gtxp
Em 1971 chegava o corcel gtxp (extra performance ou desempenho extra) com capô preto fosco, teto revestido em vinil, faróis de longo alcance, painel com instrumentação completa, e tomada de ar. No entanto o motor também fora mudado, elevando assim a cilindrada de 1.3, para 1.4 litro o que o fazia desenvolver potência bruta de 85 cv ante os meros 68 cv da versão 1,3. E também com o motor 1.4 o desempenho do corcel melhorou, fazia de 0 a 100 km/h em 17 segundos e atingia uma velocidade maxima de 145 a 150 km/h(valores muito bons para a época), o que colocava o corcel entre os nacionais mais mais velozes. A partir de 1973 toda a linha corcel ganhava nova grade, com logotipo ford no emblema redondo ao centro,outro desenho do capô, paralamas e lanternas traseiras.As versões cupê, sedã e belina passavam a ser equipadas com o motor do gtxp de 1,4 litro.O "esportivo" trazia duas faixas pretas paralelas no capô e nas laterais e também faróis auxiliares de formato retagular na grade, esta também de desenho diferente.
OBS:convén lembrar que com toda a tecnologia existente hoje em dia, tem carro que não passa nem de 130 km/h.
[ A segunda fase: o Corcel II
No final de 1977 chegava às ruas o novo modelo: o Corcel II. A carroceria era totalmente nova, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes. A grade possuía desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de ar era mais intensa em baixas velocidades que em altas. O novo carro parecia maior, mas não era. A traseira tinha uma queda suave, lembrando um fastback. Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, dispensando a ventilação forçada, que quase não era usada. Com o mesmo motor do Corcel anterior, o desempenho não estava muito melhor, mas a segurança, estabilidade e nível de ruído, sim.
As versões oferecidas eram Corcel II L, básica; a luxuosa LDO, com interior totalmente acarpetado e painel com aplicações em madeira; e a GT, que se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto e pequeno conta-giros no painel -- nenhuma trazia, porém, o termômetro d'água. O motor do "esportivo" tinha 4 cv a mais, que não faziam muita diferença. Contava ainda com faróis auxiliares e pneus radiais. As rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado. Os concorrentes do Corcel II na época eram o VW Passat e o Dodge Polara, ambos veículos médios. Ofereciam desempenho melhor que o Corcel, mas o carro da Ford era mais econômico, moderno e elegante, tinha interior mais confortável (particularmente os bancos à francesa), oferecia melhor acabamento, e também mais robustez que o Polara. A concorrência, maldosamente, chamava o Corcel II de "Pacheco" -- frente de Passat, lateral de Chevette e traseira de Corcel...
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