Negociações já começaram', informou uma fonte à agência AFP.
O porta-voz da montadora italiana se recusou a comentar a informação
A montadora italiana Fiat está em negociações para adquirir as atividades na América Latina da americana General Motors (GM), informaram nesta terça-feira (5) à AFP fontes industriais.
"A Fiat quer adquirir as atividades da GM na América Latina", afirmou uma das fontes, segundo a qual "as negociações já começaram". O porta-voz da Fiat se recusou a comentar a informação.
A GM, implantada no Brasil, Argentina e Chile, vendeu no ano passado 1,2 milhão de veículos na região. Já a Fiat vendeu 700 mil veículos na América do Sul em 2008 e tem quase 25% de participação no mercado brasileiro.
Segundo a fonte italiana, a GM pode ceder suas atividades na América Latina como parte de um plano de reestruturação.
"A GM tem de dar respostas à força tarefa (o grupo de trabalho criado pelo presidente americano Barack Obama) antes do fim do mês", recordou a fonte.
A montadora americana, que permanece em funcionamento graças às ajudas financeiras do governo, deve demonstrar até o fim de maio que tem condições de garantir o equilíbrio financeiro a longo prazo.
O grupo italiano acaba de assinar uma aliança importante com o grupo americano Chrysler e quer comprar também as atividades da GM na Europa. Na segunda-feira apresentou ao governo alemão um plano de compra da Opel, filial da agonizante gigante de Detroit.
As alianças resultariam na criação de um dos maiores grupos automobilísticos do mundo.
A Fiat, atualmente uma montadora de peso médio, com um total de 2,15 milhões de unidades vendidas em 2008, quer aproveitar a atual crise mundial para se impor no cenário automobilístico.
O diretor geral da empresa, Sergio Marchionne, acredita que a crise provocará uma concentração do setor, com apenas seis montadoras capazes de fabricar de 5,5 a seis milhões de veículos por ano.
A Fiat pretende introduzir na Bolsa uma nova empresa, que agrupe o braço automobilístico (marcas Fiat, Lancia e Alfa Romeo) com aqueles adquiridos da Chrysler e com as atividades europeias da GM.
O novo grupo teria um volume de negócios de 80 bilhões de euros (US$ 107 bilhões) e uma produção anual de seis a sete milhões de unidades. Isso faria da empresa a terceira maior do setor, atrás apenas da japonesa Toyota, líder mundial, e da alemã Volkswagen.
0 comentários:
Postar um comentário