Inspirada no CrossFox e de olho na Strada Adventure, a Saveiro, enfim, ganha uma versão estradeira e agora pode dizer: também sou cross
Olhe para a frente dessa Saveiro e você se lembrará não do Gol, mas do CrossFox. Isso mesmo, o hatch que não tem versão picape, mas que compartilha de uma dianteira idêntica a da nova Saveiro Cross. Trata-se da nova aposta da Volkswagen para encarar a Fiat Strada Adventure, com um forte apelo naquilo que conhecemos como “modelo aventureiro”. O modelo começa ser vendido em março, a partir de R$ 41.840.
Segundo Flavio Padovan, vice-presidente de vendas e marketing da VW, o segmento de picapes pequenas está bastante aquecido. “Foi um crescimento de 106%, se compararmos o ano de 2005 com 2009”, afirma. Em números mais específicos, as vendas cresceram de 78.700 carros em 2005 para 162.100 unidades nas ruas no último ano.
Segundo Luiz Alberto Veiga, do departamento de design da montadora, a dianteira é idêntica a do CrossFox. “Este desenho do para-choque é conhecido como sorriso invertido, e dá um aspecto de bravo ao carro. É como no CrossFox, onde também passa a aparência de um carro mais largo”, explica. A novidade em relação ao hatch é o nome da nova versão, bastante destacado na dianteira, e a grade na cor preta. Ainda há molduras nos para-lamas e sob a porta, como no CrossFox, e um novo friso, mais largo. Na traseira, apenas a continuação da saia esportiva e, novamente, a inscrição Saveiro Cross. Farol e lanternas trazem máscara na cor cinza.
Há novas rodas de aro 15”, equipadas com pneus Pirelli Scorpion ATR de uso misto 205/60. Neles, os dados da marca vão escritos na cor branca, o que dificilmente se nota de longe. Por fim, há um discreto santantônio sobre a caçamba, que vem coberta por uma capota marítima de série. Por dentro, o mesmo volante do Passat CC (opcional) impõe luxo para a picape, enquanto os bancos com acabamento diferenciado e o nome da versão chamam a atenção.
Autoesporte avaliou o modelo em um percurso de 70 km no interior de São Paulo. Na estrada, ele se sai muito bem com os 104 cv (álcool) do motor 1.6 VHT, o único disponível na Saveiro Cross, que também só é vendida na versão cabine estendida. Segunda e terceira marchas são bastante longas e garantem um bom desempenho da picape, enquanto a quinta velocidade dá conta de manter o nível de ruído e de consumo bastante aceitáveis. O computador de bordo registrou a média de 10 km/l em trajeto rodoviário. Para se ter uma ideia, o carro roda a 100 km/h a 2.500 rpm.
Com os vidros fechados, o ruído é muito baixo, parecido com o de um sedã. O máximo que pode incomodar são as trepidações da capota marítima, de série nesta versão. A dirigibilidade fica ainda mais gostosa com o pedal de embreagem de posição baixa e os encaixes precisos do câmbio. A suspensão, semelhante a da versão Tropper, garante conforto e robustez à Saveiro Cross e uma altura boa em relação ao solo. A picape encara melhor as adversidades na terra do que o CrossFox. No perímetro urbano, é como guiar um carro hatch, o que deve conquistar muitos compradores para a picape. Ela ainda se destaca pelo caminho, mérito da cor escolhida para o lançamento: laranja atacama, a mesma do CrossFox.
Com forte apelo visual, a Saveiro Cross tende a ganhar o mesmo público já conquistado por carros como CrossFox, EcoSport e toda a família Adventure da Fiat. Caso queira ar-condicionado, o preço fica em R$ 44.684. Com ABS, duplo airbag, rádio e volante multifuncional, ela fica em R$ 47.930, abaixo dos R$ 50.071 da Strada Adventure. Mas como quase todos os “pseudos-aventureiros” disponíveis no mercado, nem pense em jogar o modelo em uma grande valeta ou em uma lamaçal, o final da história não será agradável. O negócio dela é mesmo desfilar na selva de pedra.
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