Ford Kuga: areia nos olhos do Captiva, utilitário esportivo deverá ser fabricado na Argentina em 2011. Confira avaliação
Design típico dos novos Ford vai inspirar próxima geração do EcoSport
Segundo fontes ligadas à Ford o Kuga poderia começar a ser feito no Mercosul em seis meses. Contudo, de acordo com os cálculos mais conservadores, ele deve chegar só em 2011. Mas nossa ansiedade não permitia esperar tanto. Fomos à Argentina, mas especificamente às praias de Pinamar, na província de Buenos Aires, para acelerar o modelo que começa a ser vendido por lá dentro de algumas semanas. Por enquanto, vindo da Europa.
À primeira vista, o Kuga surpreende pelo visual. A estética deriva da filosofia do Kinetic Design, essa escola de desenho que ninguém da Ford sabe explicar com palavras claras, mas que traz resultados muito atrativos. : basta recordar os novos Mondeo, S-Max e Fiesta europeus. A dianteira é dominada por uma grande entrada de ar trapezoidal na parte de baixo, faróis estilizados e capô com vincos que dão ao Kuga um ar agressivo. De perfil, destacam-se as grossas molduras de rodas, a pequena saída de ar, a linha de cintura que se eleva até chegar à tama traseira e as rodas de aro 17. O primeiro modelo apresentado á imprensa argentina, em dezembro passado, tinha rodas de aro 19, com desenho mais bonito que as do carro das fotos. Mas essa roda não é oferecida nem como opcional, uma pena.
A parte traseira transmite solidez, reforçada pelo spoiler e pela dupla saída de escapamento. A tampa do porta-malas tem um sistema de abertura em dois estágios. O aspecto geral de robustez guarda seu segredo nas dimensões. Com 4.44 metros de comprimento, o Kuga é o mais curto do seu segmento, mas, ao mesmo tempo, é o mais largo. Por dentro, o comprimento limitado faz com que o Ford não possa ter uma terceira fileira de bancos. A Maior largura, porém, proporciona boa acomodação para os passageiros do assento traseiro. O porta-malas de 360 litros de capacidade (ampliado até 1.355l quando se rebatem os bancos) também é pequeno se comparado aos concorrentes. Para se ter uma ideia, o CR-V leva 524 l e o RAV4, 540 l .
Porta-malas pode ser aberto de duas maneiras
O motor 2.5 turbo é o mesmo utilizado no Focus ST da Europa e em diversos modelos da Volvo. Com comando variável e injeção direta, entrega 200 cv e 32,6 kgfm de torque entre 1.600 rpm e 4.000 rpm. A tração integral utiliza sistema Haldex, uma embreagem hidráulica multidisco que envia a força do motor ás rodas traseiras quando as dianteiras patinam. Se for necessário, antes de arrancar, 3% do torque podem ser enviados ao eixo traseiro – ideal para sair de um atoleiro. Diferente do EcoSport, porém, no Kuga não há opção de bloquear a divisão de tração em 50% para cada eixo.
Acabamento da versão europeia usa materias melhores que os do Focus argentino
Durante o tempo em que andamos pelas Dunas de Pinamar, o Kuga mostrou fôlego. A segunda marcha era suficiente para enfrentar os montes e escapar com facilidade das áreas com areia branca. Mas não se iluda: o Kuga não é um veículo para correr rali Dakar. É um carro divertido para o trânsito urbano, tem potência suficiente para ser um grande estradeiro e cumprirá sem problemas os desafios de passeios familiares nas escapadas de férias. Importado da Alemanha e vendido na Argentina apenas nas versões mais caras, o Kuga terá volume de vendas bastante limitado, diz o pessoal da Ford. Quando feito em General Pacheco – com mais ofertas de motores e versão 4x2 – terá todas as condições de ser a referência no segmento.
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