PALIO: a trajetória do líder atual em vendas da Fiat
Palio: uma história de sucesso
Meados da década de 90, o Uno ainda vendia muito bem, 2ª do ranking nacional, mas a idade pesava, desde o seu lançamento em 1984, o mesmo ainda não havia sofrido nenhuma remodelação, externamente apenas havia mudado em poucos detalhes. Com a chegada do Corsa e do Gol 2ª geração em 1994, a Fiat precisaria se mexer para não perder mercado.
Depois de tantas especulações de que o Fiat Punto seria o substituto do Uno, no final do ano de 1995 terminava o mistério que acercava projeto do Fiat 178 (chamado assim em função do número código do seu projeto), mas ainda havia uma dúvida: Qual seria o nome do veículo? Havia quem garantisse que ele se chamaria Tempo, já se fabricavam até logotipos com esse nome na fábrica de Betim-MG, mas a montadora negava e dizia estar escolhendo entre dez nomes.
Fiat 178 em fase de testes
Os primeiros exemplares pré-série começam a ser fabricados, são feitos os acertos de produção, ferramental, engenharia, sempre com a participação dos técnicos do I.DE.A (estúdio italiano que assina o projeto).
O resultado final do projeto poderia ser definido por alguns como um Uno melhorado, com um design mais atual, linhas suaves e arredondadas, mas na realidade não era apenas isso, a Fiat pretendia introduzir um veículo com padrões de tecnologia, design e segurança nunca vistos em um carro de pequeno porte produzido no Brasil. Mas os planos da Fiat não paravam por aí, pois ainda pretendia produzir a versão 1.0 (que seria um popular de luxo até então) e veículos derivados para substituir Prêmio, Elba e Fiorino.
Abril 1996, chega ao mercado, o hatchback, para surpreender o consumidor e assustar a concorrência, é o Fiat Palio, lançado com versões 2 e 4 portas, com motores 1.6 16v e 1.5, ambos dotados de injeção eletrônica multiponto. O novo veículo chamou a atenção em vários aspectos, o primeiro deles foi o visual: um enorme salto em relação ao Uno (que justiça seja feita, foi inovador em sua época).
Lançamento: Motores 1.5 m.p.i. e 1.6 16v
Mas não foi apenas no visual que o Palio surpreendeu, mas tecnologicamente o veículo estava muito acima de seus concorrentes e do velho Uno. Uma das características em que o Palio se destacou foi a segurança, tanto ativa quanto passiva, itens de série como: estrutura de deformação programada na dianteira e na traseira (faz com que em caso de acidente, o impacto seja absorvido progressivamente, protegendo os ocupantes como uma verdadeira célula de sobrevivência), barras de proteção nas portas, Fire Prevention System, barra de direção deformável, tecidos que não permitem a propagação de fogo. Conta também como opcionais freios ABS e foi o primeiro de sua categoria a oferecer Air Bag e cintos com pré-tensionadores.
Esperava-se muito do novo Fiat, afinal ele chegara para substituir os 12 anos de sucesso do Uno, que era o segundo colocado no ranking de vendas. Mais uma vez o Palio repete a fórmula consagrada pela Fiat em outros modelos como o Uno: “veículo pequeno, mas espaçoso”. Excelente posição ao dirigir e boa acomodação para seus passageiros e conforto, câmbio preciso e agilidade também são destaques.
Em julho de 1996, chega as versões populares do Palio (ED, EDX), o motor Fiasa 1.0 com injeção eletrônica multiponto, que desenvolve 61 cv de potência o faz conquistar o título de 1.0 mais potente do mercado.
Palio 1.0: Eis o popular
Logo no início do ano de 1997 chega a Palio Weekend, perua derivada do Palio para substituir a Elba, com muitas vantagens e oferecendo os motores 1.5 mpi e 1.6 16v, as vantagens são praticamente as mesmas do Palio somadas ao amplo porta-malas. Era o que a Fiat precisava para derrubar sua principal rival no segmento, a Parati, que até então só saía com 2 portas, tendo isso como uma grande desvantagem em relação à Palio Weekend.
Palio Weekend: Espaço é destaque como na Elba
Em meados de 1997, chega o Fiat Siena, substituto do Prêmio (que nunca emplacou aqui no Brasil), as motorizações são 1.6 s.p.i (injeção single point) e 1.6 16v. Um dos destaques do sedan é seu amplo porta-malas, campeão da categoria.
Siena: Enfim o substituto do Prêmio
Já no ano de 1998, o motor 1.5 m.p.i. no Palio e Weekend é substituído pelo 1.6 s.p.i., chega a Fiat Strada, substituta da Fiorino, também Siena e Palio Weekend com motor 1.0 e o inédito câmbio de 6 marchas, que nunca havia equipado nenhum carro nacional, fazendo com que a Fiat largue à frente da concorrência, neste ano também é lançada uma série especial do Palio em comemoração à Copa do Mundo, com motor 1.0, uma boa oferta de equipamentos, um bom acabamento e cobrando um pouco a mais que a versão EDX. Neste mesmo ano as versões ED passa a se chamar EX. Surge também a versão EX da Palio Weekend, mais despojada que a 1.5.
Strada: a picape
Em 1999 a versão EDX e EL passam a se chamar ELX, são lançadas versões à álcool do Palio e Palio Weekend (1.0 m.p.i. e 1.5 m.p.i.). O Motor 1.6 s.p.i. é substituído pelo 1.6 m.p.i (92 cv de potência). A linha 99 também trás faróis em policarbonato e bi-parábola, melhorando bastante a iluminação.
São lançados a Strada cabine estendida (a primeira picape de seu porte a oferecer cabine estendida), Palio Weekend Adventure (veículo com aparência off road) e Palio e Siena Série 500 anos (uma série especial em comemoração aos 500 anos do Brasil), com motor 1.0 e uma boa oferta de equipamentos por um bom preço, foi uma "série especial" muito bem sucedida, principalmente por sua relação custo/benefício. Mas certamente a maior novidade da linha 99 foi o Palio Citymatic, com embreagem automática, onde apenas é necessário fazer as trocas utilizando alavanca de câmbio, dispensando o pedal de embreagem. Primeiramente a embreagem automática só é oferecida para as versões 1.0 do Palio.
Em 2000 é lançado o primeiro integrante da família de motores F.I.R.E. (Fully Integrated Robotized Engine). Inicialmente na configuração 1.25 (arredondado para 1.3) e 16v o motor passa a equipar Palio, Siena e Palio Weekend, todos equipados com acelerador Drive by Wire (comando eletrônico, assim como utilizado na Formula 1). Os 80 cv podem não surpreender, mas sim o toque (12 kgfm a 4000 rpm) e também a forma em que se manifesta 80% disponíveis a 1.500 rpm e 90% a 2.000 rpm.
Motores FIRE: Novidade para a linha Palio
A novidade para a linha 2001 é a nova família Palio. Com várias mudanças estéticas e o desenho feito por Giorgetto Giugiaro , motores Fire e uma boa oferta de equipamentos, o Palio vai ganhando mercado. O EX (antigo) passa a se chamar Young, equipado com o antigo motor Fiasa 1.0, fica em um segmento inferior ao da nova geração e também com um preço mais acessível, já o novo EX conta com o motor Fire 1.0 8v, com 55cv de potência (6cv a menos que o Fiasa), mas com um torque de 8,5 kgfm tornou-se bem mais agradável de dirigir e econômico. Os intermediário ELX passa a contar com os motores 1.0 16v, 1.3 16v e 1.6 16v e o top de linha, 1.6 16v (da família Torque) passa a se chamar Palio Stile. No Siena as mudanças as mudanças foram além, e deixaram mais agradável o sedan que antes era considerado sem graça. A Weekend, além da frente, mudou consideralvelmente a traseira, a versão Adventure passa a utilizar o motor 1.6 16v ao invés do antigo 1.6 8v. A Strada ainda não foi reestilizada, a Fiat diz que o carro ainda tem muito pouco tempo de mercado, mas com certeza vai aderir ao novo estilo da família Palio em breve.
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