O sucesso da série se firmou com a segunda geração, lançada apenas em 1962: um compacto de linhas retas, nas versões de duas e quatro portas. Na terceira, lançada em 1965, tinha motores de 1,1 até 1,9 litro, nas versões sedã de duas e quatro portas, fastback e perua, que se chamava Caravan.
Na Alemanha houve renovação frontal que nunca chegou ao Brasil (direita). Já a perua
Caravan seria conhecida aqui como Marajó e fabricada durante a década de 80
A quarta geração foi lançada no Salão de Frankfurt de 1973, na Alemanha. Como na geração anterior, o Kadett IV tinha versões de duas e quatro portas, fastback (a de maior sucesso) e a perua Caravan. Também foi feita uma versão interessante, baseada na carroceria sedã duas-portas, entre 1976 e 1978: o Aero, com teto tipo targa, em que apenas a parte traseira abria-se como num conversível, com motor 1,2 S, era o inicio do Kadett Cabriolet(Conversivel).
Versão interessante e desconhecida entre nós era o cupê fastback, que serviu de base para o esportivo GT/E
O Kadett, a partir da segunda geração, sempre foi o carro de maior sucesso da Opel. Seus concorrentes diretos na Europa eram o VW Golf, o Ford Escort, o Peugeot 304, o Triumph Dolomite e o Fiat 124. Para concorrer com modelos menores, como VW Polo e Renault 5, foi lançada em 1975 a versão City, igual à nossa Hatch.
O esportivo fastback GT/E tinha concorrentes de peso como o Triumph Dolomite Sprint, o Golf GTI da primeira geração (1976) e o Renault 5 Alpine. Seu desempenho era muito bom e fazia sucesso também nas competições. Foi produzido de 1973 a 1981 na Europa.
Outra derivação muito curiosa: o Aero, em configuração targa, semi-conversível.
No Brasil houve reprodução pela Envemo, fabricante de veículos especiais
O Kadett fazia parte da linha mundial T-Car. Também foram lançados e produzidos no Japão (Isuzu), Inglaterra (Vauxhall Chevette), Austrália (Holden Gemini), no Brasil (Chevrolet Chevette e Chevrolet Marajo) e EUA (Chevrolet Chevette e Pontiac T-1000). Havia diferenças regionais de carroceria e motorização (como ocorre hoje com diversos modelos). No Vauxhall o capô era fechado, sem grade -- a entrada de ar ficava abaixo do pará-choque. No Japão o Isuzu tinha retrovisores sobre o capô, coisas de lá. No americano as linhas eram mais retas, com versão hatch de três e cinco portas, e algumas versões tinham pneus de faixa branca.
A sexta e última geração do Kadett, de 1984 (houve também uma intermediária, a quinta, já com motor transversal e tração dianteira), deu origem ao Chevrolet brasileiro de mesmo nome cinco anos depois. Em 1991 ele daria lugar ao Opel Astra, nome já utilizado no Kadett inglês, passando este à segunda geração em 1997 -- bem conhecida no Brasil.
O por não ficar de fora, a versão esportiva desta seria ... o Kadett GT/E
O Kadett GSi foi desenvolvido e projetado pela OPEL em 1987, com um potente motor 2.0 16 válvulas que, infelizmente, foi descartado pela GM do Brasil. Ele veio para o Brasil em 1992. Em 1995 foi o seu último ano de gestão, dando espaço para seu sucessor, o Kadett Sport . Em sua época, o Kadett GSi vinha equipado com computador de bordo, o famoso painel digital, volante escamoteável, suspensão traseira a ar, teto solar (ou Conversivel) e freio a disco nas quatro rodas, Bancos Recaro, sendo que o seu concorrente só tinha ar-condicianado e olhe lá... Nos dias de hoje, o KADETT GSi ainda tem sua legião fiel de fãs, e é o sonho de muita gente.
| Kadett GSi Conversivel |
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O Kadett Sport não ficou muito no mercado, apenas de 1995 a 1997, ele foi muito criticado como o sucessor do GSi, começando pelo motor. Este foi reduzida a potencia e a tecnologia, de 121HP e sistema de Injeção Multipoint, passou a 110HP com Injeção SinglePoint, a justificativa da GM do Brasil foi de redução do custo do carro, mas foi pouco vendido pois o preço continuava alto, ainda mais pelo que ele oferecia de conforto.
O Kadett GL e GLS retornaram ao mercado muito rapidamente, mostrando que o carro apesar de 2 decadas no mercado, tinha potencial de fazer muita gente comprar e ficar satisfeito com o produto. Eles eram equipados com um motor de 2.0 e 1.8 com Injeção Multipoint, não tão potente com a do GSi, que tinha a taxa de compresão alterada para uma maior desempenho, por motivos tambem de legislação, emissão de gases poluentes. O Kadett foi substituido pelo Astra em 2000, mas para todos os famas, vão ficar a saudade deste carro.
A Historia do Kadett
Em 1898 uma pequena fabrica de máquinas de costura e bicicletas resolve fabricar um carro. Essa fábrica era a Opel, e seu carro era um monocilindrico refrigerado a água. Mas em 1929 a Opel foi comprada pela General Motors, que em 1935 lançou o primeiro carro com carroceria monobloco na Alemanha.
Este foi o primeiro Kadett produzido, que surgiu em 1936
No ano seguinte foi lançada a primeira geração do Kadett, equipada com um motor de 1100cc. Mas foi fabricado apenas até 1939, por causa da segunda guerra mundial. Os russos levaram suas linhas de produção e o produziram sob o nome de Moskvitch.
Somente em 1962 a Opel voltou a fabricar um Kadett. Seria a segunda geração, tambem conhecida como Kadett A, nas versões duas e quatro portas. Tres anos depois, em 1965 era lancada mais uma geração, o Kadett B, que tinha motorização que variava entre 1100cc e 1900cc e que alem das versões da geração anterior, tambem ganhou um fastback e uma station wagon.
O Kadett A de 1962 e o Kadett B de 1965 - segunda e terceira gerações do Kadett
No famoso Salão de Frankfurt em 1973, foi lancada a quarta geração (Kadett C), que seis meses antes era lançada no Brasil com o nome de Chevette. Até a chegada do Corsa em 1982 o Kadett C era o compacto da Opel. O nome Kadett significa cadete em alemão, e outros carros da Opel tambem já se utilizaram de patentes da marinha como nome. Além das mesmas versões da geração anterior, o Kadett teve uma versão interessante, o Aero, que tinha a parte de trás aberta, como um conversível e possuia motor de 1200cc.
A quarta geração, já se parecia com o nosso Chevette
O Kadett, sempre foi o carro de maior sucesso da Opel, sendo concorrente do VW Golf, Ford Escort, Peugeot 304, e do Fiat 124. Uma versão chamada Kadett City, igual ao nosso Chevette hatch foi lançada para concorrer com modelos menores, como VW Polo. O esportivo fastback GT/E foi lançado para fazer frente ao Golf GTI e o Renault 5 Alpine. Fabricado de 1973 até 1981, o GT/E fez muito sucesso em competições.
O pequeno kadett City, concorrente dos modelos menores e o esportivo GT/E
O Kadett era um carro mundial, sendo tambem produzido no Japão (Isuzu), Inglaterra (Vauxhall Chevette), Austrália (Holden Gemini) e EUA (Chevrolet Chevette e Pontiac T-1000). Havia diferenças na carroceria e motorização. No Vauxhall o capô era fechado, sem grade e a entrada de ar ficava abaixo do pára-choque. No Japão o Isuzu tinha retrovisores sobre o capô, gosto no minimo estranho em outros lugares do mundo. No americano as linhas eram mais retas, com versão hatch de três e cinco portas.
A quinta geração, conhecida como "Kadett D", de 1979 ja possuia motor transversal e tração dianteira, e até foi testado no Brasil, inclusive com motor a álcool, mas na verdade eram testes e estudos para a mecânica do Monza. Como este só saiu na Europa em 81 (Ascona), a GM aproveitou para rodar com um carro "disfarçado".
A quinta e sexta gerações do Kadett. Esta última foi o primeiro Kadett brasileiro, fabricado pela Chevrolet
A sexta e última geração do Kadett, surgiu em 1984, e saiu de linha em 1991 dando lugar ao Opel Astra, nome já utilizado no Kadett inglês pela Vauxhall.
Esta sexta geração, foi a que deu origem ao Kadett brasileiro, fabricado pela Chevrolet em 1989, permanecendo em linha ate setembro de 1998 quando tambem deu lugar ao Astra, mas este ja da segunda geração europeia.
O Kadett foi um carro que inovou em varios aspectos da produção de veiculos no Brasil, sendo o primeiro carro produzido em serie a utilizar vidros colados (pára-brisas e traseiro), a possuir suspensão regulavel a ar, a contar com um motor a alcool injetado (junto com o Monza em 1991) e pneus serie 65 (Kadett GS 1991)
Foi o primeiro carro da Chevrolet a utilizar computador de bordo e check-control, alem de possuir o melhor coeficiente aerodinamico da época: Cx 0,30 no Kadett GS e Cx 0,32 nos demais modelos.
Cronologia do Kadett durante o seu periodo em linha no Brasil
ABR 89 - Lançamento do Kadett no Brasil nas versões SL e SL/E 1,8 e GS 2,0 álcool
OUT 89 - Lançamento da Ipanema SL e SL/E 1,8 (3p)
MAR 90 - Série Turim (faixa lateral escura, aerofólio parecido com o do GS, bancos Recaro). Esta serie acabou ficando bem mais tempo em linha do que se esperava. (+/- um ano)
JUL 90 - GS gasolina, diferencial + longo e pneus 185/65 (tambem para versão álcool)
SET 91- Injeção monoponto para os 1,8 e multiponto para o GS, agora GSi. Chega o GSi conversível
SET 92 - Ipanema Wave, com bagageiro no teto, rodas de liga leve polidas, molduras laterais inferiores e espelhos pintados na cor do carro.
Serie especial Ipanema Wave e o Kadett GSi conversível - Novidades no fim de 92
SET 92 - Logotipo Chevrolet no capô em vez da grade
MAR 93 - Ipanema 2,0 e 5 portas (a 3p já sai de linha)
SET 93 -Linha 94: agora GL e GLS
ABR 94 - Painel mais cheio, novas portas, temporizador do limpador regulável, alarme acionado na fechadura, GLS recebe freio a disco traseiro e soleira entreeixos.
NOV 94 - Chega o Astra importado: GLS hatch e perua, ambos 5p e 2,0 multiponto
JAN 95 - GLS e Gsi e GSi conversível saem de linha (uma heresia para os kadetteiros!!!)
ABR 95 - Lançada série Sport, com pára-choques pintados em parte, aerofólio
DEZ 95 - Novos pára-choques, Sport vira versão de linha com motor 2,0
ABR 97 - Volta o GLS no lugar do Sport, com câmbio mais curto e sem o aerofólio. No fim de 96, o motor 2,0 vira de série e ganha multiponto - o mesmo do novo Vectra, com 110 cv. O GSi tinha 121 cv porque na época o Proconve (norma de emissões poluentes) era menos rigoroso.
DEZ 97 - GLS ganha aerofólio
ABR 97 - GL sai de linha, fica só o GLS
FINAL DE 97 – Sai de linha a Ipanema.
SET 98 – Chega o Astra nacional, fim do Kadett.
Curiosidades sobre o Kadett
O nacional tinha pára-choques mais salientes, porque uma pesquisa da GM apontou a sensação de fragilidade do europeu.
Em 1988 a Daewoo, da Coréia do Sul, passou a produzir uma versão local do Kadett, vendida nos EUA como Pontiac Le Mans. Foi o único "Kadett" vendido nos EUA.
Nos anos 90 a Daewoo continuou produzindo o carro, para o mercado interno, com o nome de Daewoo Racer (exportado para a Europa como Daewoo Nexia).
O nome Astra já era usado há tempos pela Vauxhall no Kadett inglês
Foi pensado para o Brasil, mas havia uma marca de itens sanitários com o nome. Mas resolveram isso depois, usando o nome a partir de 94.
A Ipanema 3 portas foi exclusiva do Brasil, mas não tivemos o hatch 5 portas e o volumes.
Kadett 3 volumes e hatch 5 portas - modelos que não vieram para o Brasil
A Ipanema 5 portas não usava a ótima trava de porta junto à maçaneta, e sim os velhos pinos. As portas eram importadas, pelo menos no início, e na Alemanha não se importavam com as travas, pelo menos no sentido de evitar roubos.
As primeiras Ipanemas 2,0 vinham com os estranhos pneus 165/80 R 13.
A ótima luz que indica troca de marcha, adaptativa e ligada à injeção, entrou no modelo 92 e sumiu em 96, pois as pessoas se ofendiam em ser "ensinadas por uma luzinha".
O Kadett conversível era fabricado no Brasil e ia para a Alemanha para ser recortado, retornando logo em seguida ao Brasil para ser vendido ao consumidor.
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