Marca não existirá em 2010, mas deixará saudades
Ano que vem a Pontiac deixará de existir, o que acabou de ser confirmado pela própria GM. Fundada em 1926, a marca ficou conhecida por seus esportivos nada discretos, como o Firebird, que exibe um pássaro de fogo estampado no capô e foi escolhido para ser a estrela principal do seriado “A Supermáquina”. Discrição nunca fez parte do repertório da fabricante norte-americana, uma das primeiras a apostar nos motores de oito cilindros, no início montados em linha. Nos anos 40 é que as vendas começaram a aumentar e com elas veio o prestígio da marca, cujo primeiro modelo com câmbio automático apareceu em 1948.
Os motores de oitos cilindros em linha deram lugar aos V8 em 1955 e a partir daí vieram os esportivos, sempre grandes e chamativos, como o Boneville. Mas foi apenas em 1964 que nasceu aquele que foi considerado o primeiro “muscle car” da história: o GTO. Idealizado pelo executivo Jim Wangers, o carro foi uma febre entre os jovens da época e logo se tornou um ícone de esportividade sobre quatro rodas. Começou a participar de corridas e teve versões quentes, como a de 1969, quando recebeu motor “Ram Air” de 370 cavalos brutos.
Em 1967 foi lançado o Firebird. Quando o assunto é esportivo, esse carro logo é lembrado, mas na versão Trans Am, a mais apimentada, cujo V8 podia render até 500 cavalos com alguma preparação. E foi em 1973 que apareceu o famoso pássaro de fogo pintado no capô. Mas as seguradoras e a crise do petróleo logo acabaram com todo esse exagero de potência. Em meados dos anos 70, o Firebird dava início ao seu declínio. Ainda houve uma tentativa de recuperar a reputação de esportivo de verdade nos anos 90, mas essa fase não durou muito e o carro deixou de ser fabricado em 2002.
Com as vendas abaladas, em 1984 a marca lança um pequeno cupê para ganhar volume, o Fiero, que tinha motor traseiro, de quatro cilindros, de apenas 92 cavalos. Com desempenho decepcionante, logo passaram a oferecer uma versão V6 de 140 cv. Mesmo assim, o carro não teve o sucesso esperado, entre outros motivos, por uma série de defeitos, entre eles risco de incêndio e vazamentos constantes de óleo. Por isso, em 1989 o carro saiu de linha. Seu substituto foi o Solstice, um roadster que relembrou os tempos de sucesso da marca. Filas de espera foram formadas para comprar o carro, cuja plataforma é a mesma do Saturn Sky e do Opel Speedster.
Já em condições econômicas bem complicadas, a Pontiac tem hoje em dia carros que não tem sido bem aceitos no mercado norte-americano. Alguns deles não passam de clones de modelos feitos por subsidiárias da GM, como é o caso do sedã G8, que corresponde ao Holden Commodore, mais conhecido no Brasil como Chevrolet Omega. Com o anúncio do fim da marca em 2010, a Pontiac deixará como legado a boa lembrança dos seus esportivos chamativos de uma época que não voltará mais.
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